quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Consumidor - Paciência tem limite

Buscar a solução de problemas junto às operadoras de telefonia celular exige muita paciência, mas há casos que extrapolam os limites e o caminho é a Justiça.  Recentemente, uma cliente da Vivo teve dificuldades para acessar a internet 3G do celular. Depois de várias tentativas frustradas, ela recorreu ao atendimento on-line da operadora. Pasmem para o que a consumidora recebeu como orientação do atendente da empresa. “Arremesse o aparelho contra a parede que resolve”, disse a atendente.
A cliente ficou estarrecida, perplexa e revoltada. Essas são reações compreensíveis da consumidora e de quem toma conhecimento deste fato. A cliente conta ainda que antes deste transtorno, os atendentes pediram que ela ligasse para a empresa usando outro aparelho que não fosse aquele que apresentava problemas. Ela, entretanto, só tem este telefone.
A Vivo lamentou o ocorrido, afirmando que o comportamento do funcionário não é condizente com a visão da companhia em relação aos clientes e que medidas administrativas cabíveis serão tomadas para que casos desta natureza não se repitam. Falta consideração, comprometimento e respeito para com os consumidores. Na verdade, as operadoras não estão preocupadas em se redimir, muito menos aliviar o ranking de queixas. Estão voltadas, apenas, para atrair novos clientes. Só o lucro interessa. Um despautério. Uma visão empresarial completamente míope.
A consumidora em questão não pode deixar o fato sem uma resposta contundente. Ela deve entrar na Justiça com uma ação por danos morais. De acordo com o Procon-SP, a telefonia móvel lidera o ranking de queixas e as estatísticas não param de crescer. No ano passado, as quatro principais operadoras de celular apareciam entre as 12 empresas que lideravam a lista de reclamações. O total de queixas junto ao SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), por sua vez, subiu 86%, de janeiro ao dia 21 setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados de 170 Procons em todo o país.
Partir para o confronto, seja através do registro de reclamações ou de ações judiciais, é cobrar pelo serviço e exigir qualidade à altura do que é pago, além disso, essa postura zela pela sustentabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Respeito é bom e todo cidadão merece!
 
Vinícius Carvalho, presidente estadual do PRB São Paulo
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