quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Precisamos encontrar um novo José Alencar

Existem pessoas que nunca deixarão de ser lembradas e mesmo após a sua morte, são recordadas com carinho, emoção e respeito. Zé Alencar é um desses homens; ele não escreveu grandes obras como o xará José de Alencar, não compôs as mais tocantes melodias como Wolfgang Amadeus Mozart, mas seu exemplo ficará para a história, por um simples motivo: seu histórico ilibado dentro de uma política quase que em descrédito trouxe esperança aos já desesperançados.

José Alencar mostrou que é possível atuar politicamente pensando no próximo, mesmo em meio às lutas diárias que este homem enfrentou ao combater a mesma doença por anos, e ao morrer ele não foi vencido, mas entrou para a história.

Já utilizei este e tantos outros espaços para homenagear esse homem e espero sempre fazê-lo, faço isso para que a nova geração possa se espelhar em exemplos como este. Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sempre teceu elogios públicos ao saudoso amigo Alencar, defendeu seu desejo de que o PT "inovasse" na escolha do candidato à prefeitura de São Paulo, afirmou que o partido precisa se empenhar também na formação de alianças políticas. "Nós precisamos encontrar o nosso José Alencar da capital", afirmou Lula. Para o ex-presidente é importante apresentar novos nomes, porque, segundo ele, o PT tem 30% de votos em São Paulo seja quem for o candidato.

Muitos líderes vêm tentando encontrar nomes de destaque como foi o de Alencar. Em setembro, o PRB em São Paulo lançou, oficialmente, a pré-candidatura de Celso Russomanno a prefeito da capital.

Esperamos que sua atuação seja frutífera. Estamos inovando e creio que os outros partidos também devam fazê-lo, é importante lançar novos nomes, dando à população os representantes que ela realmente precisa e quer. A política Brasileira precisa mudar, a nova geração necessita compreendê-la e militar nela.

Realmente, precisamos inovar, e utilizar o nome de Zé é algo emblemático. Ele chegou a ser denominado por Lula como "o parceiro ideal", e quem não gostaria de ter a pessoa ideal ao seu lado na política? Nós, da família PRB, aprendemos muito com este homem, tanto que em vida, Alencar era presidente de honra de nossa legenda. Sua morte nos deixou um tanto órfãos; hoje buscamos um nome tão respeitado quanto o seu, mas mesmo que o encontremos sabemos que este José é realmente insubstituível.

O Brasil precisa de pessoas que, como ele, respeite os seus ideais. Não podemos culpar a população pela total falta de interesse pela política, poucos acreditam em um futuro promissor. Mas não devemos esquecer que é apenas por meio da política que poderemos mudar esta situação ainda caótica em que vivemos.

Na verdade, a política é uma ciência que deve ser praticada e conhecida, e que se refere a polis, ou seja, a vida em comum. A ideia política começou a ser traçada ainda por gregos e romanos mais de três séculos a.C; naquele período já existia a maneira de exprimir a vontade coletiva em assembleias. O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), por exemplo, utiliza-se do termo política para um assunto único: a ciência da felicidade humana. Para ele, essa felicidade poderia ser assegurada por formas de governo e instituições sociais. Segundo seus pensamentos, se tais governos tivessem como objetivo o bem comum, poderíamos dizer que são constituições puras, mas se, por outro lado, os poderes fossem exercidos para satisfazer o interesse de apenas um grupo, esta constituição estaria desvirtuada. É muito interessante ver que esta definição ainda é bem atual e representa bem a arte de fazer política, algo muito bem representada pelo saudoso Alencar.

Se as novas gerações quiserem de fato mudar o futuro de nosso país, precisam, além de conhecer a história de sua própria nação, entenderem que a política é algo imprescindível para a construção de uma sociedade livre, democrática e justa. E que venham mais Alencares!

*Gilmaci Santos é deputado estadual pelo PRB e presidente estadual do partido.

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