segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A “liberdade” que aprisiona


Foto: Arquivo Pessoal
Já deixei bem claro nesse espaço o meu posicionamento sobre a liberação da maconha. Reafirmo a minha opinião mesmo após a declaração da Corte Suprema da Argentina que declara ser inconstitucional a criminalização do consumo da maconha de forma pessoal e para maiores de idade. Depois disso, o governo da presidente Cristina Kirchner passou a propor uma série de projetos de lei que contemplem até mesmo a inclusão social de usuários.

É inaceitável qualquer tipo de preconceito, mas já que nossa Constituição nos dá o direito de expressão, assim como citei anteriormente, acredito que a preocupação em legalizar esse tipo de droga seja infinitamente menos importante se considerarmos tantos outros problemas que precisam ser resolvidos. O que dizer da falta de ensino de qualidade? De moradia? Falta de saneamento básico? Da Pedofilia? Esses sim são assuntos dignos de comoção nacional e mesmo mundial.

Entendo a preocupação de debater a questão do tráfico e do uso dos vários tipos de drogas, mas legalizá-las não mudaria em nada a situação caótica em que vivemos. Dizem que a maconha é uma droga leve e que o álcool é bem mais maléfico. Não discordo dessa posição, acredito que o álcool, utilizado sem equilíbrio, possa causar danos superiores ao de muitas drogas, mas liberar o uso da maconha não é a melhor forma de resolver um problema tão complexo, e sim a maneira mais simples de maquiá-lo.

Hoje, vivemos um tempo no qual, nas palavras do matemático, lógico e filósofo, o professor da UNICAMP, Newton da Costa, “a honestidade virou sinônimo de tolice”. Realmente, a sociedade deixou de prezar conceitos fundamentais para um bom convívio social, o certo agora parece ser errado. Não adianta descriminar a maconha, quando o problema é estrutural. Jovens e adultos estão cada vez mais insaciáveis e buscam mais prazer, mais dinheiro e mais emoção, sem pensar no que isso pode acarretar.

Para ler na íntegra visite o site: www.prb10sp.org.br


*Gilmaci Santos é deputado estadual pelo PRB e presidente estadual do partido, também participa das comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Economia e Planejamento.

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