quinta-feira, 31 de maio de 2012

Palavra do Presidente - Onde está o erro?

Certa vez, um político atuante e preocupado com os menos favorecidos decidiu, juntamente com sua assessoria e apoiado por profissionais liberais, organizar uma ação social na periferia da região em que morava. Aproximadamente 1.000 pessoas foram atendidas naquele dia. Porém, o que chamou a atenção foi o fato de uma senhora, acompanhada por seu filho cadeirante, com 14 anos, parabenizar o político por aquela iniciativa e se dizer feliz, já que votara nele na última eleição. Ela não parou por aí. Aproveitou para pedir-lhe uma cadeira de rodas para o filho, pois a que ele usava estava pequena demais, trazendo-lhe grande desconforto.
O político, solícito como sempre, falou para a responsável pelo serviço social do gabinete que pedisse uma cadeira a uma entidade filantrópica que sempre o atendia em demandas pontuais, devido a uma parceria existente, já que encaminhava recursos do governo para aquela instituição. Para sua surpresa, a senhora falou: "eu não quero uma cadeira desta instituição, eles já me deram uma e por ser muito simples, recusei”.
No mesmo instante, o político a interpelou dizendo: "desculpe-me, mas a senhora está falando que precisa de uma cadeira para seu filho, digo que conseguirei uma doação, mas, por ser muito simples não quer. Então, entendo que a senhora quer que eu compre uma cadeira para seu filho".
Ela tentou consertar a situação falando que foi mal interpretada.  Na verdade, pretendia sensibilizá-lo pela situação em que seu filho se encontrava, além de "cobrar" pelo voto que disse ter dado.
Este político, por sua integridade, ética e respeito aos seus eleitores falou para ela que não trabalhava daquela forma, mas, transformando o voto recebido em ações efetivas para a comunidade, através das ações sociais, e não retribuindo individualmente ou "pagando" pelos votos conquistados.
Assim, amigo leitor, tem sido a relação de muitos políticos inescrupulosos com eleitores da mesma estirpe. A verdadeira comercialização da política. A partir do momento em que o cidadão se presta a pedir algo em benefício próprio, seja cadeira de rodas, tijolos, caixa de cervejas, camisas de time de futebol ou patrocinar qualquer tipo de festinha, com que moral poderá cobrar deste político uma postura ética e conduta ilibada?
Quando nós cidadãos delegamos a alguém poder para nos representar através do voto, devemos cobrar deste, prioritariamente, uma conduta ética, honesta e acima de tudo, comprometida com a coletividade.
Não podemos pensar que a corrupção está na instituição, seja ela qual for, pois todo desvio de conduta é uma manifestação humana, principalmente na pessoa que faz parte da instituição e carrega dentro de si a índole corrupta, desonesta e nefasta. Esta, apenas espera o momento de manifestar o que está dentro de si. As pessoas levam por toda sua vida o que foi formado dentro do seu lar, no berço de sua família. Se desonestidade, desonesta será. Se falta de caráter, sem caráter será.
Mas, se foi formada na honestidade, respeito e dignidade, então, esta pessoa, ainda que anônima, será um exemplo para os que estão a sua volta e orgulho para os seus familiares.
A meu ver, o erro ou acerto começa na família.
De acordo com essa matéria prima (formação familiar), o produto será bom ou ruim.
Amigo leitor faça uma reflexão e veja qual é a sua matéria prima.
Vinícius Carvalho, presidente estadual do PRB São Paulo.
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