segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vinicius Carvalho - Presidente do PRB de São Paulo)

O crescimento do PRB em 2012 é só um prenúncio do que será 2014

Bastam poucos minutos de conversa com o novo presidente do PRB São Paulo, Vinicius Carvalho, para se sentir contagiado pelo otimismo e fé em mudanças para melhor no Brasil. E esse contágio não é fruto de utopias, mas assentado na experiência de quem já dedicou boa parte de seus 46 anos à população. Advogado, especialista em direito do consumidor, consultor e orientador jurídico, jornalista, radialista e administrador de empresas, Vinicius teve uma atuação destacada na Câmara como deputado federal, onde, ao lado do pré-candidato republicano à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, foi defensor dos direitos do consumidor. Nessa época, idealizou e colocou em prática um projeto social chamado “Jornada da Cidadania” (Jorcid), no qual, com a ajuda de profissionais liberais, órgãos do governo, universidades e voluntários, durante um dia inteiro nos finais de semana, sem cobrar um centavo sequer, oferecia ajuda aos menos favorecidos, como atendimento médico, assistência jurídica e outras atividades. Em seu novo desafio, assumido em 28 de janeiro deste ano, Vinicius Carvalho tem o objetivo de semear esse modo de fazer política por todo o Estado de São Paulo. Tarefa que considera mais do que possível porque “o cidadão quer a política compromissada com o público. E já identificou o PRB e seu jeito 10 de fazer política como o novo”. Sereno, mas convicto, garante que o crescimento do partido em 2012 “vai ser apenas um prenúncio do que será 2014”. E tece a previsão com o entusiasmo daqueles que sabem fazer a diferença.


1) A sua chegada na presidência do PRB/SP ocorre em um momento importante da história do partido no Estado. Os republicanos têm um pré-candidato favorito à prefeitura paulistana, um líder na bancada federal e a militância está em franco crescimento. Esse momento veio para ficar?

Vinicius Carvalho – Ele é só o começo. Mas não é uma característica só do PRB em São Paulo, embora deva admitir que o momento seja excelente aqui. O partido, de uma maneira geral, está em franco crescimento, porque cada vez mais as pessoas, os cidadãos, estão identificando a sigla com o que esperam da política. Nossas propostas têm a credibilidade que o partido adquiriu em sua curta trajetória histórica. E por quê? Porque, como foi dito em nossa convenção em São Paulo, o PRB é um partido que adquiriu uma das maiores representatividades, mas não na quantidade e sim na qualidade. Justamente porque essa postura é cobrada e personificada em cada um de seus integrantes.


2) Mas como conseguir essa credibilidade no meio político em um momento em que o “ser político” está tão desprestigiado?

Vinicius Carvalho – O cidadão de bem não está descrente da política como instituição. Até porque em tudo se faz política. Na vizinhança, no clube, no estender a toalha na praia. São quase normas da civilidade. O ser político está muito próximo do ser polido. As pessoas têm descrença da política por causa dos personagens. Alguns, atuando ainda como representantes das oligarquias. Pessoas sem comprometimento com o povo, com seus estados, sequer com seus municípios e vizinhos. A postura do PRB sempre passa a imagem de uma opção para pessoa que cansou de escolher um nome que já a decepcionou. Ou pelo que fez quando chegou ao poder, ou por descumprir as promessas feitas. Veja o caso de José Serra, por exemplo. Quando prefeito, assinou um termo de compromisso de que não sairia candidato a governador. O que ele fez? “Rasgou” o termo. Pode parecer que não, mas isso fica na memória do eleitor. Ele liga essas atitudes a não honrar os compromissos, a políticos que usam a política e não fazem política. Por isso, o PRB não é uma opção, mas “A” opção.


3) Diante desse quadro, quais são suas expectativas para as próximas eleições?

Vinicius Carvalho – Excelentes. Mas apenas um ensaio do grande crescimento que virá em 2014. Temos certeza de que o cidadão de bem, que está cansado dessa forma arcaica de fazer política, vai identificar o PRB como “A Opção”. O povo vai reconhecer e o partido terá um grande crescimento, mas, como sempre chamamos a atenção, principalmente nosso presidente Marcos Pereira, um crescimento alicerçado em raízes fortes, em identificação e respeito com a “coisa pública”, a “res pública”. Com qualidade e não apenas a quantidade. Raízes fortes sustentam árvores frondosas, que dão frutos de qualidade.


4) Talvez até por conta dessa perspectiva de crescimento, o partido vai ter que tomar muita atenção com o andamento da campanha, a julgar pelos últimos episódios envolvendo a divulgação da posição de Celso Russomanno nas pesquisas, nas quais aparece sempre em primeiro lugar entre os pré-candidatos a prefeito de SP. Existe um boicote dos setores da mídia conservadora?

Vinicius Carvalho – Em todo lugar existem as pessoas que prestam e as que não. No Executivo, no Judiciário, no Legislativo e, claro, na imprensa. Há os veículos sérios, não tendenciosos, que dão a informação como ela é. Existe a imprensa tendenciosa, que tenta manipular a opinião pública. Essa última quer manter seus status quo, por conta de parcerias, cotas publicitárias e outros motivos menos declaráveis... Então, é natural que eles tenham medo do novo. Só que esquecem que todo o poder emana do povo. E quem manda quer o novo. Observe que os eleitores do bem identificam a pré-candidatura do Celso Russomanno com o que querem de novidade na política. Por isso, sua ascensão nas pesquisas, ainda como pré-candidato. Eu conheço Celso desde a Câmara dos Deputados. Realizamos várias diligências juntos em defesa dos direitos do consumidor. Ele, por São Paulo, e eu pelo Rio de Janeiro à época. Então, sei de onde vem sua notoriedade e credibilidade. Quando estou na rua com ele, percebo a total ausência de hostilidade. Submeta outros candidatos a esse teste! A imprensa tendenciosa, se agisse de forma correta, deveria confirmar isso. Sair com Russomanno e ver quantas pessoas o cumprimentam. Verificar se ele é hostilizado e depois fazer o mesmo com o candidato do governo federal, do governo estadual, do governo municipal. Mas, no lugar de falar dele, de fazer uma avaliação correta da situação política, prefere omiti-lo, ou achincalhar a situação colocando todos no mesmo patamar. Esse é um desserviço à cidadania, mas com certeza interessa a alguém. Eu ando pelas ruas de São Paulo e só vejo boa receptividade a Russomanno. Ele tem o menor índice de rejeição, porque a população já o identificou como alguém que está ao lado dela. E não ao lado do governo federal, do vice-presidente da República, ou do partido de quem está na máquina administrativa há seis anos e vai ter dificuldade de eleger um sucessor. Todos esses que citei têm um plano de poder que passa pela continuidade, de uma forma ou de outra. Russomanno vai brigar com essa continuidade, porque, como eu disse, o povo está cansado e quer o novo. Mas essa atitude da imprensa não é nova. No Rio de Janeiro, quando eu fui deputado pelo estado, organizávamos eventos em comunidades carentes voltados para auxiliar o cidadão nas busca por seus direitos. Várias vezes entravamos em contato com órgãos de imprensa para divulgar nossa ida até o local. Era uma prestação de serviços e eu chegava a dizer que não precisava falar que ia o deputado. Só anunciar os serviços. Pois não é que alguns veículos queriam cobrar para fazer a divulgação de um serviço que seria gratuito para o cidadão?


5) Especificamente com relação à estrutura do partido no estado, qual a sua avaliação?

Vinicius Carvalho – O PRB tem aproximadamente 460 executivas, algumas provisórias, em um estado que tem 653 municípios. Portanto, estamos em cerca de 80% deles. É um trabalho árido e criterioso, até porque, como lembro, não queremos estar em 100% dos municípios se não tivermos a premissa de que os membros dessas executivas estão comprometidos com os ideais do partido. Os futuros membros têm que estar inoculados com esse viés de mudança. Por isso, a gestão passada na presidência do PRB-SP merece louvor. Soube promover esse crescimento de forma transparente, com seriedade e sempre atenta a essas especificidades do que é ser republicano.


6) Política é também fazer alianças. Quais os compromissos que devem ser assumidos por partidos que queiram se coligar com o PRB?

Vinicius Carvalho – O compromisso básico é trilhar, cobrar e ser cobrado pela responsabilidade no trato com a coisa pública. Quem quiser marchar junto com o PRB nessa caminhada por um Brasil mais justo, que reúna desenvolvimento e crescimento social e econômico; terá que comungar de nosso mesmo pensamento no respeito às leis, aos nossos bens públicos e ao nosso cidadão. Sabendo que quem fizer essa aposta participará da grande mudança na política nacional da qual o PRB é um protagonista. Os primeiros sinais claros dessa mudança serão vistos este ano, mas o grande reflexo, tenho certeza, se dará no Congresso em 2014. Não se trata de uma utopia, mas de uma visão de futuro consolidada no fato de que no Brasil existem mais pessoas de bem do que as que só querem bens.


7 – O fato de ser um partido novo ajuda ou prejudica na hora de uma campanha majoritária?

Vinicius Carvalho – Claro que ajuda. Assusta só quem está na estrada há muito tempo. Quem se acostumou com regalias, se rendeu a vícios, que ainda mantém os resquícios vivos da ditadura, ainda que ancorados no revanchismo. No PRB não há um só político oriundo desse período nebuloso na história política brasileira. São pessoas que entraram na vida política depois da Constituição; por isso são lideranças arejadas. Para fazer essa política arejada é preciso amadurecimento, harmonia e a intenção de espantar fantasmas. Em suma, é preciso ter uma visão de futuro. Até para eliminar vícios e defeitos é preciso agir com clareza e limpidez. Afinal, como dizem, o sol é o melhor desinfetante.


8 – Como está a militância no estado?

Vinicius Carvalho – Estou definitivamente maravilhado com a motivação de nossa militância, como a do PRB Jovem e PRB Mulher, tanto estaduais como municipais, claro que nos municípios onde já estão instaladas. Todas estão firmes e convictas do nosso ideal republicano. A mulher, por exemplo, percebendo que este é o momento de conquistar seus espaços. Diria que nossa força feminina já aprendeu que não basta um só remando em um lugar, mas que, quando muitos estão trabalhando juntos, o destino é alcançado com menor esforço individual. Então, a união demonstrada pelo PRB Mulher é empolgante. Elas estão cansadas do domínio masculino, da visão atrasada que repercute até no mercado de trabalho, onde recebem menores salários apesar de terem as mesmas atribuições. Como já mostraram que competência têm de sobra, essa competência será aplicada no crescimento de sua participação cada vez mais forte em nosso partido. O mesmo se dará com o PRB Jovem, que, por princípio, tem como estandarte a busca pelo novo. O novo, que é o símbolo do PRB. Eles não são alienados da experiência do passado, mas querem usá-la para atingir novos ideais e objetivos. Unidos, estão consolidando esse arejamento politico e se qualificando como pré-candidatos a vereador, a prefeito. São promessas lapidadas no dia da dia político do partido. Gente como Jean Madeira (presidente do PRB Jovem-SP), que simboliza o futuro, mas que não é uma promessa, já é realidade. Quem conhece esses jovens em sua força de trabalho, em sua capacidade de inovar, em sua energia e aspirações políticas por um mundo melhor, identifica de onde o PRB tira sua energia. Percebe que o partido está no caminho certo, e pode apostar, sem medo, que 2012 será um prenúncio do que será 2014. Um ano de mudanças, para melhor, na forma de fazer política no Brasil.


9) O que é ser 10?

Vinicius Carvalho – É sempre querer fazer o melhor para aqueles que confiam. Como lembra o presidente Marcos Pereira, é fazer o direito, o correto. É buscar a superação, porque ser 8 ou 9 pode até servir para aprovar, mas só ser 10 o transforma em referência.

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